AcontecendoPrefeitura comprou de sacos de lixo para coleta seletiva

A Comarca20 de agosto de 201311 min

Prefeitura comprou de sacos de lixo para coleta seletiva

Um dos assuntos polêmicos que envolveu a Secretaria de Meio Ambiente, que tem a frente Rico Barreto, foi a notícia sobre o gasto de aproximadamente R$ 80 mil em sacos de lixo. Procurado, o secretário esclareceu o pedido de compra que, segundo ele, deverá gerar economia ao município.

Da Redação

O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente Rico Barreto falou a Comarca sobre a polêmica dos gastos com sacos de lixo
O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente Rico Barreto falou a Comarca sobre a polêmica dos gastos com sacos de lixo

De acordo com ele, serão adquiridos 200 mil sacos de lixo, de cor diferenciada, para serem usados na coleta seletiva, implementada no início do mês. “Por enquanto estamos utilizando sacos de lixo preto, o que tem gerado uma certa confusão na hora de recolher o material”, comentou o secretário.

Segundo o secretário, a Prefeitura paga 38 centavos pela unidade do saco de lixo comum, e os de coloridos custam apenas dois centavos a mais. “Essa quantia será suficiente para atender a demanda gerada pela implantação da coleta seletiva, que neste primeiro momento contemplará 40% da cidade”.

“A princípio, a quantidade de sacos parece alta, porém, cada setor possui aproximadamente três mil residências, que recebem um saco de lixo por semana. Com isso faremos a distribuição de 12 mil sacos de lixo por mês”, comentou o secretário.

COLETA SELETIVA

Para Rico Barreto, é preciso compreender primeiro como funciona a coleta seletiva para entender os gastos com sacos de lixo. “Esse projeto, que já havia sido aprovado em 2012, vai gerar renda à população, além de economia aos cofres públicos”, comentou.

Segundo ele, com parte do lixo sendo reciclado, automaticamente reduzirá em várias toneladas o volume de dejetos despejados atualmente no Aterro Sanitário. “Ou seja, estamos investindo na compra de sacos de lixo, gerando renda a populações menos favorecidos, contribuindo com o Meio Ambiente e diminuindo os custos de operação com o Aterro Sanitário, ou seja, ampliando sua capacidade e tempo de vida útil”, acrescenta.

Membros da Associação de Catadores durante reunião com o secretário Rico Barreto e o professor Geovani Carvalho para discutir a implantação da coleta seletiva
Membros da Associação de Catadores durante reunião com o secretário Rico Barreto e o professor Geovani Carvalho para discutir a implantação da coleta seletiva

PARCERIAS

Segundo suas informações, Avaré se inspirou no programa implementado em Piraju, onde os sacos de cor diferente ajudaram a garantir o sucesso do projeto. “Nós visitamos Piraju e, segundo o secretário de Meio Ambiente daquele município, depois que os sacos de lixo coloridos passaram a ser entregues, a população separou melhor os materiais recicláveis, além de garantir que não haveria nenhuma confusão na hora de recolher o material”, destacou.

Em Avaré, a Secretaria do meio Ambiente fez parcerias com a Etec Fausto Mazolla, com a Associação de Catadores e com a Tetra Pak, que forneceu gratuitamente todo o material para divulgar a iniciativa.

“Procuramos também o Sebrae, que está ajudando os catadores a melhorar suas estratégias para gerar mais renda, e também o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que mostrou a eles as vantagens de transformar a associação em uma cooperativa”, destacou Rico.

Para que a coleta seletiva dê certo, a Prefeitura ficará responsável por promover a reestruração do barracão da antiga Fepasa, que abriga a associação e também na coleta dos materiais. “Com isso, os catadores não precisarão ir para as ruas. Os trabalhadores poderão melhorar sua renda, se dedicando mais ao trabalho que envolve a triagem dos materiais”, comentou.

ECONOMIA AO MUNICÍPIO

Com a coleta seletiva, 30% do lixo produzido no município será reciclado. “Serão 8 toneladas a menos depositadas no Aterro Sanitário diariamente, cerca de 240 toneladas por mês”, disse Rico Barreto.

Com essa quantia que deixará de ser depositada no aterro, Avaré deverá economizar só em mantas de isolamento, cerca de R$ 20 mil por mês. “Hoje gastamos R$ 80 por tonelada de lixo que é depositada no aterro. Com esta medida, a cada seis meses, a Prefeitura deve economizar aproximadamente R$ 120 mil, ou seja, de certa maneira vamos reaver os R$ 80 mil gastos nos sacos de lixo, e ainda teremos um lucro de R$ 40 mil”.

Com a menor quantidade de lixo depositada no local, o secretário de Meio Ambiente alega que também haverá a extensão da vida útil do espaço, que de cinco, poderá receber os materiais por pelo menos mais sete anos.

O secretário aproveitou para destacar que Avaré é um dos seis município do estado que ainda recolhe o lixo diariamente. Com a implantação da coleta seletiva, o lixo comum será recolhido as segundas, quartas, sextas e sábados.

As terças-feiras haverá a coleta seletiva nos bairros Jurumirim, Vó Pepina, Vila Jardim, Vila Esperança, Vila Operária e Jardim Califórnia. Sendo que na Brabância, Brasil Novo, Conjunto Habitacional Cecílio Jorge, Biquinha, Condomínio Paraíso e Estância Brabância, a coleta será realizada as quintas-feiras.

EXCLUSIVO

Rico falou com exclusividade sobre a implantação da coleta seletiva no centro de Avaré. “Vamos implementar a coleta seletiva em um quadrilátero que abrange todas as ruas entre as ruas Minas Gerais até a Mato Grosso, Ceará até a Pará, de volta a Minas Gerais”.

São aproximadamente 17 ruas, onde ficam instalados uma grande quantidade de lojas, residências, bares, restaurantes, bancos, casas lotéricas, e que inclui o Paço Municipal e o Centro Administrativo. “Todos estes locais, temos certeza, irão contribuir com a coleta seletiva, que além de economia, deverá melhorar a qualidade de vida daqueles que tiram da reciclagem seu sustento”, finalizou Rico Barreto.

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