Em assembleia, agentes penitenciários decidem pela manutenção da paralisação em Cerqueira César

Da Redação

Conforme a deliberação de uma assembleia realizada na tarde de quinta, 20, pela Comissão Unificada de Greve ligada ao Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sinfuspesp), os agentes penitenciários de Cerqueira César decidiram manter a paralisação.

A medida também foi ratificada por servidores do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, o Complexo de Pinheiros e do CDP de Ribeirão Preto.

De acordo com dados do Sinfuspesp, 16 mil dos 30 mil agentes do estado estão parados desde 10 de março. Ao todo, são 80 das 158 unidades carcerárias atingidas pelo movimento.

Em nota veiculada na manhã de sexta-feira, 21, o sindicato ressalta que a categoria espera que o governo estadual anuncie “em caráter urgente uma agenda para negociações com uma proposta de valorização e uma política voltada para as condições de trabalho e saúde do trabalhador”.

Visita de advogados e oficiais da Justiça e transferência de presos estão suspensos durante a greve. A medida estaria contribuindo para a superlotação de cadeias nas cidades da região.

Dos 120 funcionários da unidade de Cerqueira César, apenas 36 participaram da escala de trabalho. As tarefas consideradas básicas, como manutenção e tratamento de esgoto, banho de sol e atendimento médico são feitas normalmente.

REIVINDICAÇÕES – Entre as principais reivindicações da categoria estão um aumento salarial de 20,64% referente ao período inflacionário dos anos de 2007/2012 e um reajuste real de 5%.