Professores da rede estadual fazem manifestação pelas ruas de Avaré
Da Redação
A manhã de quinta-feira, 22, foi marcada por manifestações em todo o estado contra as reformas anunciadas pelo governo federal. Em Avaré, professores da rede estadual percorreram ruas da cidade com faixas, cartazes e apitos com o objetivo de chamar atenção para valorização da categoria.
“Nós estamos protestando contra as propostas do governo estadual em relação à educação, como a reforma do ensino médio e o reajuste salarial que a classe não tem há 2 anos”, disse um dos manifestantes.
O grupo também critica a reforma da previdência anunciada pelo presidente Michel Temer, que altera o tempo de contribuição e idade mínima em relação à aposentadoria. “Atualmente são 25 anos de contribuição e idade mínima de 55 anos para mulher e 60 para homem. A nova reforma, que altera a idade mínima para a categoria dos professores, não permite isso. É muito desgastante para profissão”, criticou um dos participantes.
REIVINDICAÇÕES – O dia 22 de setembro foi declarado o Dia Nacional da Luta e Reivindicações Sindicais. Na capital, centrais sindicais do Brasil como CUT, CTB, UGT, Força, NSCT, CSP e APEOESP ocuparam as ruas da Avenida Paulista com o intuído de chamar atenção para os projetos que prevêem a ampliação da terceirização apoiada por Temer.
No entender das centrais, vários ministros do governo falaram em outras propostas que tiram direitos da classe trabalhadora, entre elas, a reforma da Previdência, com idade mínima de 65 anos e redução de benefício; mudanças na Lei trabalhista para permitir acordos de redução de salários, 13º e fatiamento das férias; e a PEC 241, que reduz os investimentos sociais, em especial nas áreas de saúde e educação.
As manifestações foram planejadas durante toda quinta-feira na capital. “Quem não foi para São Paulo, no movimento da Paulista, está fazendo movimento aqui na cidade”, declarou uma das manifestantes em Avaré.
Alguns professores da rede municipal também participaram, mas não quiseram falar à reportagem da Comarca. Mencionaram somente questões ligadas ao atraso salarial e também relativas à recente greve ocorrida em algumas creches da cidade (ver matéria nesta edição).