AcontecendoAvareense é o primeiro ser humano a receber soro contra veneno de abelha

A Comarca29 de agosto de 20164 min

Avareense é o primeiro ser humano a receber soro contra veneno de abelha

Botucatu abelha

Fruto de 20 anos de pesquisa, antídoto em fase de teste na Unesp de Botucatu combate elemento tóxico injetado pelo inseto durante ataque

 

Da Redação

 

Uma mulher de 33 anos que foi picada por cerca de 400 abelhas em uma fazenda em Avaré está no centro de um acontecimento considerado histórico para a medicina: ela é o primeiro ser humano a receber um antídoto contra o componente tóxico injetado pelo inseto durante um ataque.

De acordo com o site Acontece Botucatu, o produto que vinha sendo estudado há 20 anos foi testado na tarde de segunda-feira, 21, na Unesp do município. “Ela ficou sabendo do estudo através da internet e procurou ajuda no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas (HC). Passamos a tarde toda aplicando o soro e acompanhando a evolução da paciente. Ela foi a primeira incluída no estudo, no qual foi administrado o Soro Antiapílico sem evento adverso. Análises em andamento irão esclarecer a eficácia do produto”, explicou o pesquisador Alexandre Naime Barbosa, um dos integrantes da equipe que estuda o medicamento.

Até o fechamento desta edição, a paciente seguia estável e não corria risco de morte.

ESTUDO – O produto foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp de Botucatu em parceria com o Instituto Vital Brazil, de Niterói (RJ).

A aplicação do antídoto tem o objetivo de neutralizar a melitina, principal composto tóxico do veneno das abelhas, impedindo danos a músculos e rins.  Os resultados dessa primeira aplicação serão avaliados em conjunto no final do estudo após recrutamento de 20 pacientes no período de dois anos.

MORTES – Segundo dados apresentados, os acidentes causados por abelhas afetam mais de 10 mil pessoas todo ano no Brasil, causando oficialmente 40 óbitos, mas estimativas apontam que esse número pode ser quatro vezes maior.

As mortes são decorrentes de dois mecanismos: envenenamento pela peçonha da abelha e anafilaxia, já que algumas pessoas são alérgicas ao componente.

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