AcontecendoCâmara vai encaminhar ao MP denúncia contra Fernando Alonso

A Comarca16 de outubro de 20135 min

Câmara vai encaminhar ao MP denúncia contra Fernando Alonso

Secretário de Turismo foi acusado de ter assediado moralmente um casal de artesãos; caso foi apurado por comissão na Câmara e encaminhado à Prefeitura, mas Poio Novaes arquivou a denúncia

alonso

Da Redação

Após o prefeito Poio Novaes ter arquivado a denúncia de assédio moral que envolve o secretário de Turismo Fernando Alonso, o vereador Roberto Araújo (Dem) informou durante a sessão da Câmara da última segunda-feira, 7, que encaminhará a acusação ao Ministério Público (MP).

O democrata fez parte da comissão especial instituída para investigar o caso. Em junho, o comitê enviou um relatório para que o prefeito tomasse as devidas providências. No entanto, o chefe do Executivo avareense arquivou o caso. Em agosto, o vereador Ditinho da Farmácia (PT) chegou a cobrar o posicionamento da comissão sobre o andamento do processo.

“Há algumas semanas o vereador Ditinho da Farmácia se dirigiu à minha pessoa querendo saber o que havia sido definido sobre o caso. Eu estava analisando friamente e acho que o vereador Ditinho está certo em saber, em querer ajudar o Parlamento, e naquela ocasião eu disse que havia encaminhado o relatório ao prefeito Poio Novaes, pois cabia a ele decidir sobre o caso”, disse Araújo.

“Diante da manifestação do vereador Ditinho eu quero dizer que, além de encaminhar para o prefeito, estarei encaminhando uma cópia do Ministério Público, que é um órgão isento e vai apurar com mais lucidez e com isenção o trabalho que nós fizemos”, ressaltou.

DENÚNCIA

Em junho de 2013, Aris Aparecida Pimenta e o seu esposo Humberto Barbosa denunciaram à Comarca que teriam sido desrespeitados pelo secretário de Turismo Fernando Alonso.

Em uma reunião, Alonso disse ter recebido uma ligação anônima acusando o casal de vender tapetes artesanais fabricados em outra cidade. “Argumentei que era um produto artesanal, que não havia nenhum artesão da cidade vendendo artigo igual, mas ele me proibiu de continuar vendendo”, afirmou a artesã, na ocasião, destacando que a todo momento o secretário respondeu de forma autoritária. “Quis saber quem havia feito essa denúncia, e ele disse que não podia dizer e que já estava decidido: eu tinha que parar de vender os tapetes. Fiquei muito triste, era uma fonte de renda e investi uma caderneta de poupança na compra desses tapetes”, disse Barbosa à época.

Na época, eles disseram que se sentiram desrespeitados pelo secretário, que chegou a afirmar de forma ríspida e autoritária que no setor, “quem mandava era ele”. A situação teria deixado ambos desestimulados. “A gente quer trabalhar certinho, o mínimo que se espera é um pouco de respeito. Mexeu muito com o sentimento da gente essa atitude do secretário. Perdemos o estímulo”, afirmou o artesão.

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