AcontecendoParalisação na Santa Casa acaba na Delegacia de Polícia

A Comarca20 de janeiro de 20165 min

Paralisação na Santa Casa acaba na Delegacia de Polícia

Duas médicas registraram o problema em um boletim de ocorrência e relataram que a decisão teria partido do diretor clínico da entidade

Da Redação

Santa-Casa

Entre os dias 2 e 3 de janeiro, os serviços de partos e cesáreas realizadas na maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Avaré, foram suspensos. Informações dão conta que a paralisação teria ocorrido devido ao atraso no repasse de verbas aos médicos plantonistas.

Em nota, a Prefeitura alega que o problema ocorreu por causa da ausência de pediatras plantonistas em face de mudanças na característica do plantão. “A ausência de pediatra não teve nenhuma relação com pagamento, o que ocorreu foi a falta de plantonista pediatra. O problema ocorreu em razão da mudança da característica do plantão, que era à distância e agora é presencial”.

Em relação ao atraso no repasse do plantão de retaguarda dos médicos da Santa Casa de Avaré, a Prefeitura estima que até março deverá colocar “as contas em dia”.

SURPRESA – A decisão da direção da Santa Casa teria pego muita gente de surpresa, inclusive duas médicas que resolveram registrar um boletim de ocorrência relatando o fato. No segundo dia do ano, as médicas Elisa Bannwart Mendes e Ana Paula Dalcim compareceram ao Plantão Policial apresentando ao delegado um documento, assinado pelo diretor clínico da Santa Casa, Renato Ishiguro Aoki, informando que os trabalhos de parto e cesáreas na Maternidade estavam suspensos por dois dias.

Mesmo com a paralisação, fichas teriam sido abertas para novos pacientes, sendo que enfermeiros, auxiliares de enfermagem, serviços gerais, entre outros, estariam atendendo normalmente.

O problema é que o setor não contava com um médico pediatra e os partos acabaram sendo realizados por enfermeiros obstetras. Segundo as médicas, sem a presença de um profissional, poderia acarretar o serviço de parto em risco, tanto para a paciente quanto para o bebê.

Diante do fato, policiais estiveram no local e constataram que o setor de Maternidade estava funcionando normalmente. Naquele momento, duas pacientes estavam no local, sendo que uma já havia sido realizado o parto, sem assistência pediátrica, e a outra ainda aguardava transferência via central de vagas.

No boletim de ocorrência, a médica Ana Paula Dalcim teria comunicado o fato ao prefeito Poio Novaes que, por sua vez, informou que as profissionais estavam corretas em elaborar o B.O. Segundo informações obtidas pela Comarca, no dia 4 de janeiro os serviços teriam sido normalizados.

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