Comerciantes são contrários à extensão do horário da Zona Azul, afirma Acia
Da Redação
A proposta de ampliação do horário de cobrança da Zona Azul não é bem vista pelos empresários do comércio de Avaré. A informação é do presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Avaré (Acia), Cassio Jamil Ferreira.
Segundo ele, a Prefeitura entrou em contato com a entidade para saber como o comércio de Avaré receberia tal iniciativa. “Fomos procurados pela Prefeitura e logo ouvimos vários proprietários de lojas de nossa cidade que estão com suas empresas na área de atuação da Autoparque. A maciça maioria foi contra essa medida, e consideraram prejudicial às suas atividades”, afirmou.
Atualmente a cobrança da Zona Azul ocorre de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas e aos sábados das 8 às 12 horas. A proposta seria prorrogar a cobrança nos dias úteis até às 18 horas, e aos sábados até às 17 horas.
Para a classe, prorrogar a cobrança poderá atrapalhar as vendas de lojistas que atuam na região abrangida pelo estacionamento rotativo. Ainda de acordo com Cassio Jamil, a entidade vai seguir o posicionamento dos comerciantes. “Vamos fechar questão com os empresários da cidade, que estão contra esse projeto. Sendo essa a opinião da maioria, vamos defendê-la e levar até o senhor prefeito”, enfatiza. “A Acia tem que atuar em favor do nosso comércio, pois entende que agindo assim está colaborando para o progresso da cidade. Esse é o nosso compromisso”, resume.
CRÍTICAS
A hipótese também gerou descontentamento na população da cidade, que já discorda de alguns métodos adotados pela empresa Autoparque do Brasil, responsável pelo estacionamento rotativo em Avaré, como por exemplo a taxa de R$ 12 cobradas quando se excede o limite do horário na vaga, que de acordo com os funcionários da empresa, tem que ser paga para que se evite uma multa e pontos na CNH.
A área de abrangência da cobrança também é criticada pela população, além da falta de fiscalização nas vagas destinadas a idosos e deficientes.
Quem utiliza as vagas da Zona Azul questiona também questiona a necessidade da extensão do horário de cobrança, chegando a afirmar que o sistema já teria deixado de promover o estacionamento rotativo para virar fonte de renda.
“É claro que é preciso ter rotatividade na área central, pois ficaria impossível estacionar se não houvesse. Mas a Zona Azul, aos poucos, vem deixando a área comercial da cidade, ficando cada vez mais próxima das residências. As pessoas não podem parar seu carro em frente suas casas. Isso é um absurdo”, frisou um morador da Rua Mato Grosso que não quis se identificar.