Ernesto diz que mantém posição contrária à realização de rodeios
Da Redação
A intenção da Prefeitura de promover este ano uma edição da Exposição Municipal Agropecuária de Avaré (Emapa), atração que incluiria rodeio, já encontra resistência inclusive entre membros da própria base do prefeito Poio Novaes.
O vereador Ernesto Albuquerque (PT), mesmo fazendo parte da base do governo, diz ser contra a realização de eventos com maus tratos a animais. Em 2011 ele apresentou um projeto de lei que pretendia proibir a realização de rodeios, vaquejadas, provas de laço e derrubada de animais. No entanto a proposta foi retirada, já que a maioria dos vereadores se posicionou contra a matéria.
Ele diz que sua opinião sobre a realização de rodeios é a mesma. Em uma conversa rápida com a Comarca, o vereador comentou que é possível realizar uma festa sem provas que maltratem os animais. O petista revelou ainda que pretende apresentar um novo projeto lei proibindo rodeios em Avaré na sessão da próxima segunda-feira, 4 de agosto.
Ernesto enviou o projeto de lei para a apreciação dos demais vereadores e contará com o apoio do vice-presidente da Câmara Marcelo Ortega (PV). “Sou contra os maus tratos aos animais e defendo o fim de todo esporte que implica o sofrimento animal. O projeto de lei de autoria do vereador Ernesto Albuquerque terá meu voto”, comentou Ortega.
FAVORÁVEL – Por outro lado, o vereador Davi Cortez (PP) também alegou ser contra os maus tratos, mas afirmou ser a favor de rodeios. “Conheço o mundo do rodeio e tenho certeza de que os animais do rodeio, que são as meninas dos olhos dos tropeiros e boiadeiros, são muito bem tratados. O rodeio é uma tradição caipira, um grande negócio e um esporte de alta performance que pode e vai trazer para Avaré grandes eventos nacionais e internacionais”, destaca.
A visão de Cortez possui contrapartida em pesquisa da advogada Angélica Nunes Lopes Cruvinel, para um levantamento nos aspectos jurídicos da questão. Em seu trabalho, ela conversou com o promotor do Meio Ambiente de Goiás, Lúcio Cândido de Oliveira Júnior, na cidade de Rio Verde.
Segundo ele, “…o rodeio hoje é considerado uma empresa que envolve milhões de reais tanto dentro quanto fora das arenas, visando assim que além de ser uma diversão é também um fator social muito importante. Quanto ao meio ambiente no que visa aos animais não considera nenhum prejuízo ambiental, e caso tenha é algo relevante que não traz nenhum impacto ambiental de significância elevada”.
O promotor não considera que existam maus-tratos com esses animais, pois em sua ótica vê esses animais como bens de uma empresa que no caso o rodeio seria esta empresa, sendo assim qualquer empresário que tenha preocupação com sua empresa vai também se preocupar em zelar dos seus bens que no caso dos rodeios seriam os “bois”. No entanto, ele defende uma forte fiscalização para que não haja maus-tratos contra animais.