Estelionatários estariam clonando cheques de câmaras de vereadores
Da Redação
Além do legislativo avareense que, aparentemente, teria sido vítima de uma fraude, a Polícia Civil de várias cidades estão investigando clonagens de cheques de câmaras de vereadores de várias cidades, como Ourinhos, e também municípios do Sudoeste do Paraná.
Em Ourinhos, por exemplo, uma folha de cheque que nem foi utilizada pela Câmara acabou sendo compensada em uma agência bancária da cidade.
Utilizando um cheque clonado, um golpista conseguiu sacar no banco R$ 4 mil em dinheiro apresentando uma folha que possui a mesma numeração do documento original.
O fato ocorreu em maio de 2013. Ele também falsificou a assinatura da tesoureira e do presidente da Câmara de Ourinhos. O então presidente da Câmara daquela cidade, Lucas Pocay, foi à Polícia e solicitou a elaboração de um Boletim de Ocorrência para que se apure quem foram os responsáveis pela fraude. O cheque clonado foi depositado em uma conta de São Bernardo do Campo.
MAIS FRAUDES – Já no Paraná, pelo menos 3 cheques falsificados foram repassados ao comércio local, 2 em nome do Legislativo de Capanema e 1 de Planalto. Apesar de as folhas parecerem originais, a inserção de dados revelam erros grosseiros dos criminosos. Ao invés de Câmara, os estelionatários inseriram a nomenclatura “Camera de Vereadores de Capanema”.
O endereço da instituição bancária também está errado. A Avenida “Barão de Capanema” simplesmente não existe na cidade. Essa via pública está localizada na cidade de Capanema que fica no estado do Pará. O CNPJ, no entanto, é da Câmara de Vereadores da cidade homônima paranaense. A agência 0763 do Banco Bradesco, inserida no cheque está localizada no Pará.
Para o delegado que investiga o caso, os marginais estão escolhendo os poderes legislativos da região como vítimas porque são cheques que o comércio não recusa. Para tentar identificar os criminosos, a Polícia divulgou os cheques nas redes sociais.
A polícia orienta aos comerciantes a ficar atentos ao receberem cheques e sempre solicitar um documento de identificação do portador. Sempre que o comerciante desconfiar de algo, ele deve comunicar as autoridades policiais.