Funcionários paralisam atividades nas obras da UPA por falta de pagamento
Da Redação
Funcionários da empresa responsável pelas obras da Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Avaré voltaram a entrar em greve por falta de pagamento na sexta-feira, 16 de maio.
Os trabalhadores já haviam interrompido os trabalhos entre segunda-feira, 12, e quarta-feira, 14. Na quinta-feira, 15, eles voltaram ao trabalho após a promessa de que o acerto sairia na sexta-feira, 16. No entanto, segundo os trabalhadores, o pagamento feito em cheque não teria sido efetivado por falta de fundos.
Essa é a segunda paralisação em menos de dois meses. O secretário de Saúde, Miguel Chibani, isentou a municipalidade de culpa e afirmou que a municipalidade vem repassando regularmente o pagamento à empresa.
OUTRO LADO – Em entrevista à Comarca, Isac Massena, gerente administrativo da empresa, assegurou que o pagamento foi feito conforme o combinado e negou a versão dos trabalhadores.
Segundo ele, os funcionários podem ter encontrado dificuldade ao trocar os cheques na agência local do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), uma vez que a unidade é pequena e não comportaria saques vultuosos. De acordo com o gerente, a possibilidade foi, inclusive, informada aos funcionários com antecedência.
SEM ACERTO – Embora seu aviso prévio tenha vencido no dia 20 de abril, o ajudante de pedreiro Perpétuo Marques de Lima, 54, afirma não ter recebido da empresa até sexta-feira, 16, o seu acerto trabalhista.
Por conta disso, ele estaria impossibilitado de ter acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Seguro Desemprego. Perpétuo, que alega ter sido demitido após conceder entrevista durante a greve ocorrida em março, diz que até o momento também não recebeu a Carteira de Trabalho. “Quem sai prejudicado com isso? É o trabalhador. Além do atraso no pagamento, estão nos prejudicando dessa forma”, disse o trabalhador em entrevista à Comarca.
O Sindicato da Construção Civil de Avaré informou que nestes casos a orientação é ingressar com ação judicial, já que somente após a formalização da rescisão, procedimento que cabe ao contratante, e o posterior aval do sindicato o funcionário pode solicitar o FGTS e ingressar com o pedido de Seguro Desemprego.
Por telefone, Isac Massena, gerente administrativo da empresa, afirmou que acerto de Lima e de outros dois casos semelhantes devem ser feitos na impreterivelmente na segunda-feira, 19 de maio.