AcontecendoProjeto prevê destinação de terreno da Emapa para construção de hotel

A Comarca8 de julho de 20148 min

Projeto prevê destinação de terreno da Emapa para construção de hotel

Imóvel público, que fica atrás do parque de exposições, será licitado; proposta gerou enorme polêmica na cidade

Da Redação

Hotel do Poio

O prefeito Poio Novaes encaminhou à Câmara um projeto que prevê a desafetação, ou seja, a transformação de uma área de 4,5 mil metros quadrados em bem público apropriável. O terreno fica atrás do Parque de Exposições Dr. Fernando Cruz Pimentel. O objetivo de Poio é que o local abrigue um hotel categoria Executivo com capacidade para 100 apartamentos.

Pela área, a Prefeitura iria arrecadar R$ 1.350,000. Cada metro quadrado custa R$ 300. Em sua justificativa, o prefeito Poio Novaes destaca que a construção de mais um hotel na cidade é uma reivindicação antiga das entidades que promovem eventos no parque, além de incrementar o Turismo local.

Dois ofícios assinados pelos presidentes do Sindicato Rural, Pedro Luchesi, e Associação Brasileira dos Criadores da Raça Quarto de Milha (ABQM), Marcelo Waldemarin Alves Ferreira, foram anexados ao processo. As entidades solicitam que a Prefeitura desenvolva ações que incentivem a rede hoteleira de Avaré que, segundo elas, estaria defasada e sem capacidade de absorver o contingente de criadores, competidores e visitantes durante os eventos da cidade.

ANÁLISE – Diante da solicitação, e verificando a deficiência da rede hoteleira na cidade, o chefe do Executivo avareense nomeou, através da Portaria nº 6.543 de 13 de janeiro de 2013, uma comissão para avaliar o terreno. A área fica na Avenida Madre Paulínia, que margeia a Rodovia João Mellão, SP-255.

Segundo informações obtidas pela Comarca, a área estaria na mesma matrícula do Parque de Exposições, porém não faria parte do local. Em um terreno que fica atrás desta área, deverá ser construído o Centro de Equoterapia.

Após a análise do caso e a confecção de um levantamento de valores com imobiliárias da cidade, no dia 24 de abril a comissão, composta pela secretária de Administração Deira Visetin Villen, Paulo Ciccone (secretário de Obras), João Dalcim (Planejamento), Pedro Luiz de Souza (Cadastro) e Paulo Décio de Souza (Patrimônio) concluiu que o valor atribuído à área de 4,5 mil metros quadrados, que estaria vaga e sem benfeitorias, é de R$ 300 por metro quadrado, ou seja, R$ 1.350,000.

POLÊMICA – A proposta, no entanto, gerou críticas. Nas redes sociais, montagens sugeriam que o prefeito estaria “vendendo” a cidade. Mensagens, a maioria agressivas, “pipocaram” na página de Poio em uma rede social: “Eu sou contra esse projeto!! Por que ao invés de vender essa parte do recinto que é do povo, você não investe na infraestrutura da cidade..como praças, horto florestal, camping etc…assim poderemos deixar a cidade digna de receber turistas e valorizar ainda mais os hotéis aqui existentes!!!”, disse uma internauta.

Outra disse que o prefeito precisa usar a internet para tomar sua decisão: “…comece fazendo uma enquete aqui pelo facebook mesmo e espalhe ela pela mídia avareense! A vontade de todos prevalecerá com certeza!”.

Até a candidata a deputada federal pelo PRB, Thabata Yamauchi, se manifestou: “Acredito muito na visão do prefeito! Pois este hotel será um importante polo de receita para cidade, pois muitos turistas virão e gastarão na cidade de Avaré! Isso aquecerá a economia local!! Este hotel trará prosperidade para Avaré! Parabéns prefeito Poio!!!”

ATAQUES – Teve também quem mostrou medo com a possível venda do patrimônio da cidade: “…se o prefeito achar que vender um pedaço da Concha Acústica vai trazer dinheiro pra cidade,como ficamos…? Vamos desfazer de nossos patrimônios? Pensem bem!!!”

O prefeito chegou a responder aos questionamentos, mas também foi atacado: “Se não quer receber críticas, cancele seu face, tá na chuva é pra se molhar caro prefeito”, disse uma internauta.

Sobrou críticas até pra quem defendeu o projeto: “Sempre tem os puxa-sacos, que ficam puxando, puxando, até arrebentar, esses que puxam o saco é porque têm a vida ganha?”, atacou uma usuária.

Poio também mencionou a localização exata do terreno, o que foi comentado por outra pessoa: “Agora o dr. deixou claro onde é. …o espaço não se usa pra nada….ao lado da Polícia montada….aí concordo com Poio… imaginava outro espaço”. A última postagem acessada pela Comarca antes do fechamento da edição, às 17 horas de quinta-feira, 3, foi do usuário “K”,que disse o seguinte:  “…povo especula e fala coisa sem saber primeiro…”

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