Confusão no Pronto Socorro de Avaré termina na delegacia
Seguranças da unidade alegam que foram agredidos por uma mulher que acompanhava o pai; já a família alega ter sido agredida pelos servidores
Da Redação
Dois acompanhantes de um idoso que aguardava medicação se envolveram em uma confusão com dois seguranças do Pronto Socorro Municipal de Avaré (PS) na noite de domingo, 26.
Segundo a versão dos seguranças, a mulher M.A.F.B., de 57 anos, teria agredido os servidores verbal e fisicamente. Já a família do paciente alega ter sido agredida pelos funcionários.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher alega que chegou ao Pronto Socorro Municipal acompanhada de seu pai, J.F., em uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com suspeita de infarto. Ela informa que quando chegou ao PS, seu pai foi prontamente atendido pelo médico plantonista, que receitou uma medicação.
Depois de uma hora de espera para que o medicamento fosse ministrado no paciente e verificando a piora de seu estado de saúde, a mulher começou a gritar solicitando que a medicação fosse aplicada, momento em que os seguranças do local, R.F. e L.H. teriam se aproximado e dito a ela que ficasse quieta e esperasse o atendimento.
Ela alega ainda que um dos seguranças, identificado como R., teria segurado seus ombros e a “chacoalhado”, tendo que ser contido por outros funcionários. A mulher disse que sua blusa de lã chegou a rasgar. M. ainda negou o fato de ter agredido e ofendido os seguranças.
Devido à demora no atendimento, a pedido da família, o idoso foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, onde passou por um atendimento particular.
SEGURANÇAS – Já os seguranças, primeiros a chegar ao Plantão Policial para registrar a ocorrência, informaram que a mulher aguardava o atendimento do pai quando seu marido, identificado como A.J.B., de 52 anos, teria dito que se o idoso não fosse atendido em cinco minutos, ele iria “quebrar tudo” no local.
Ainda segundo o registro, o servidor R. solicitou então que o homem se acalmasse, momento em que sua esposa teria passado a ofendê-lo e a agredi-lo com “unhadas”, causando ferimentos superficiais. O outro segurança também alega ter sido ofendido pela mulher.
Diante do tumulto, R. revela que teve que usar de força moderada para retirar a mulher do local. O caso será investigado pela Polícia Civil.
SINDICÂNCIA – Segundo a Secretaria de Comunicação, a secretária de Saúde, Vanda Nassif, já teria solicitado a abertura de uma sindicância para investigação e apuração dos fatos. Caso seja confirmado algum desvio de conduta do segurança, a administração tomará as providências necessárias e cabíveis. “A Secretaria de Saúde reitera sua posição de manter um atendimento adequado a todos que fazem uso do Pronto Socorro Municipal”, diz a nota.